- Sucker Punch - Mundo Surreal (2011)
Proc./gênero: EUA - fantasia / aventura
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder e Steve Shibuya
Elenco: Emily Browning, Abbie Cornish, Jena Malone, Vanessa Hudgens, Jamie Chung, Carla Gugino.
Sinopse: Durante os anos 1950, uma garota é internada em uma instituição mental por seu perverso padrasto.
Zack Snyder é um diretor conhecido por seus ângulos de câmeras peculiares, quase inovadores, nos remetendo para dentro das cenas de forma avassaladora; e por suas câmeras exageradamente lentas, transformando momentos divertidos em enfadonhos.
Não parece, mas eu sou fã do trabalho de Snyder. Acompanho-o desde sua primeira empreitada em longas-metragens, "Madrugada dos mortos", um filme correto e recheado desses ângulos de câmeras subjetivos. Entretanto, é de conhecimento geral que nosso amigo Zack usa e abusa desses artifícios.
Muitos o consideram visionário, um realizador a frente de seu tempo. Sim, seus filmes são bons e dirigidos excelentemente. Isso é indiscutível. Porém, quando ele gasta os seus mecanismos até a última gota, utilizando-os incessantemente, os seus filmes que poderiam ser obras magníficas, apenas se aproximam disso.
É mais ou menos isso que aconteceu com "Sucker Punch - mundo surreal". A película é repleta de efeitos técnicos e todos os mecanismos que Zack Snyder gosta de usar. Tem tanto que chega a "dá no saco"! É cansativo ver a mesma coisa repetidas vezes. São as batalhas que não acabam nunca, as câmeras lentas que diminuem mais ainda a duração das lutas. Parecia que Snyder gostou tanto dos seus brinquedinhos que não queria parar.
As batalhas em si são muito bem desenvolvidas. A exuberância das imagens arregalam os olhos de tão impressionante que são. Mas cansa.
A trama é ofuscada pela quantidade de imagens extraordinárias e batalhas épicas. Os personagens não são desenvolvidos, servindo de coadjuvantes. A falta de construção da personalidade de cada um foi um erro enorme de Snyder, pois poderia tornar mais relevante a estória e atrair mais o público a fim de aguardarem com mais ânisa o seu desfecho.
Num ponto Snyder acertou em cheio: na trilha. A seleção das músicas, em sua maioria interpretadas pelo próprio elenco, que mistura pop com gótico, foi excelente. E tocam nos momentos mais pertinentes, adicionando um tom sombrio às cenas.
Grande parcela do elenco é composta por uma nova geração de atrizes. Como protagonista, na pele de Babydoll, temos Emily Browning, a garotinha que entrou na mira de Jim Carrey em "Desventuras em série" e foi uma das irmãs em "O mistério das duas irmãs". Futuramente entrará em cartaz com obscuro "Sleeping beauty", depois de ser exibido no Festival de Cannes deste ano. Abbie Cornish, a Sweet Pea, obteve mais destaque pela sua ótima interpretação em "Brilho de uma paixão", no qual encarna a musa inspiradora do poeta John Keats. Outras ótimas produções em que se saiu super bem foram "Candy", com o falecido Heath Ledger, e "Stop-loss". Atualmente podemos ve-la no filme "Sem limites" em cartaz nos cinemas. O trabalho mais conhecido (e totalmente dispensável) de Jamie Chung, a Amber, é a adaptação do anime "Dragon ball evolution". Uma película que não merece a atenção de ninguém. Todos nós sabemos que Vanessa Hugdens foi a namoradinha de Zac Efron no bom musical "High School Musical". Jena Malone, a Rocket, é a mais experientedas meninas.Alguns ótimos filmes em que contracenou: "Na natureza selvagem", "Donnie Darko" e "Orgulho e preconceito". Dificilmente escolhe (ou por preferência ou porque não oferecem mesmo) papéis principais, é mais comum ve-la como uma filha chata ou namoradinha de colégio. Mas é boa atriz. Não posso esquecer de Carla Gugino, a madame Gorsgi. Portadora de uma beleza deslumbrante, é uma triz mediana em ascensão, que a possibilitou atuar em filmes significativos como "Sin city - a cidade do pecado" e "Women in trouble". Anteriormente trabalhou com Snyder no filme "Watchmen", ápice do diretor.
Enfim, "Sucker Punch - mundo surreal" é um ótimo filme enquanto entretenimento. Visualmente é perfeito. Mas é cansativo e o roteiro não se aprofunda em seus personagens. Contudo, vale como diversão.
Nota: 6,5
TRAILER:
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Proc./gênero: EUA - fantasia / aventura
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder e Steve Shibuya
Elenco: Emily Browning, Abbie Cornish, Jena Malone, Vanessa Hudgens, Jamie Chung, Carla Gugino.
Sinopse: Durante os anos 1950, uma garota é internada em uma instituição mental por seu perverso padrasto.
Zack Snyder é um diretor conhecido por seus ângulos de câmeras peculiares, quase inovadores, nos remetendo para dentro das cenas de forma avassaladora; e por suas câmeras exageradamente lentas, transformando momentos divertidos em enfadonhos.
Não parece, mas eu sou fã do trabalho de Snyder. Acompanho-o desde sua primeira empreitada em longas-metragens, "Madrugada dos mortos", um filme correto e recheado desses ângulos de câmeras subjetivos. Entretanto, é de conhecimento geral que nosso amigo Zack usa e abusa desses artifícios.
Muitos o consideram visionário, um realizador a frente de seu tempo. Sim, seus filmes são bons e dirigidos excelentemente. Isso é indiscutível. Porém, quando ele gasta os seus mecanismos até a última gota, utilizando-os incessantemente, os seus filmes que poderiam ser obras magníficas, apenas se aproximam disso.
As batalhas em si são muito bem desenvolvidas. A exuberância das imagens arregalam os olhos de tão impressionante que são. Mas cansa.
A trama é ofuscada pela quantidade de imagens extraordinárias e batalhas épicas. Os personagens não são desenvolvidos, servindo de coadjuvantes. A falta de construção da personalidade de cada um foi um erro enorme de Snyder, pois poderia tornar mais relevante a estória e atrair mais o público a fim de aguardarem com mais ânisa o seu desfecho.
Num ponto Snyder acertou em cheio: na trilha. A seleção das músicas, em sua maioria interpretadas pelo próprio elenco, que mistura pop com gótico, foi excelente. E tocam nos momentos mais pertinentes, adicionando um tom sombrio às cenas.
Grande parcela do elenco é composta por uma nova geração de atrizes. Como protagonista, na pele de Babydoll, temos Emily Browning, a garotinha que entrou na mira de Jim Carrey em "Desventuras em série" e foi uma das irmãs em "O mistério das duas irmãs". Futuramente entrará em cartaz com obscuro "Sleeping beauty", depois de ser exibido no Festival de Cannes deste ano. Abbie Cornish, a Sweet Pea, obteve mais destaque pela sua ótima interpretação em "Brilho de uma paixão", no qual encarna a musa inspiradora do poeta John Keats. Outras ótimas produções em que se saiu super bem foram "Candy", com o falecido Heath Ledger, e "Stop-loss". Atualmente podemos ve-la no filme "Sem limites" em cartaz nos cinemas. O trabalho mais conhecido (e totalmente dispensável) de Jamie Chung, a Amber, é a adaptação do anime "Dragon ball evolution". Uma película que não merece a atenção de ninguém. Todos nós sabemos que Vanessa Hugdens foi a namoradinha de Zac Efron no bom musical "High School Musical". Jena Malone, a Rocket, é a mais experientedas meninas.Alguns ótimos filmes em que contracenou: "Na natureza selvagem", "Donnie Darko" e "Orgulho e preconceito". Dificilmente escolhe (ou por preferência ou porque não oferecem mesmo) papéis principais, é mais comum ve-la como uma filha chata ou namoradinha de colégio. Mas é boa atriz. Não posso esquecer de Carla Gugino, a madame Gorsgi. Portadora de uma beleza deslumbrante, é uma triz mediana em ascensão, que a possibilitou atuar em filmes significativos como "Sin city - a cidade do pecado" e "Women in trouble". Anteriormente trabalhou com Snyder no filme "Watchmen", ápice do diretor.
Enfim, "Sucker Punch - mundo surreal" é um ótimo filme enquanto entretenimento. Visualmente é perfeito. Mas é cansativo e o roteiro não se aprofunda em seus personagens. Contudo, vale como diversão.
Nota: 6,5
TRAILER: